A fumaça dos incêndios devastadores que atingem o Pantanal já pode ser vista cobrindo o céu de alguns municípios do Paraná, incluindo Paranavaí e Loanda. A nuvem de fumaça percorreu impressionantes 702 quilômetros desde Corumbá, Mato Grosso do Sul, até o Paraná, chegando na manhã de terça-feira (25).
Os incêndios no Pantanal, que começaram no dia 1º de junho de 2024, já consumiram cerca de 395.700 hectares de terras apenas no primeiro semestre do ano, superando os danos do mesmo período em 2020. O fenômeno não apenas transformou paisagens verdes em cinzas, mas também impactou significativamente a biodiversidade, afetando a fauna e flora nativas da região.
Vídeos capturados pelos moradores mostram o céu nublado e um horizonte cinzento, com a visibilidade significativamente reduzida. A situação também afeta a BR-262, principal via que liga a capital sul-mato-grossense ao Pantanal, onde a visibilidade está comprometida.
A ministra do Meio Ambiente e das Mudanças do Clima, Marina Silva, expressou preocupação com a situação: “Estamos diante de uma das piores situações já vistas no Pantanal. Toda a bacia do Paraguai está em escassez hídrica severa”, disse ela, destacando que a crise é exacerbada por ações humanas em um contexto de mudanças climáticas.
Em resposta à crise, o governo de Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência na segunda-feira (24), facilitando o acesso a recursos extraordinários para combater os incêndios. Entidades como o Corpo de Bombeiros Militar (CBMMS), Polícia Militar Ambiental (PMA), Exército Brasileiro, e várias outras estão mobilizadas no esforço de controle das chamas.
O impacto do incêndio é sentido mesmo a centenas de quilômetros de distância, reforçando a gravidade dos incêndios florestais e a necessidade de medidas urgentes para sua prevenção e controle.
Fonte: Correio do Estado
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