O Paraná anunciou nesta segunda-feira (04) que vai adotar a testagem em massa como estratégia de combate e monitoramento do coronavírus no estado. A capacidade diária de testes deve aumentar em 830%, indo de 600 para até 5.600 e iniciará na segunda quinzena de maio. A medida, segundo o governo, é inspirada em países que adotaram a testagem em massa e conseguiram ter resultados mais precisos para o controle do Coronavírus, como a Coréia do Sul. A estratégia também tem recomendação da OMS.
O país asiático conta em média 11 mil testes por dia para uma população de 51 milhões de habitantes. Apesar de prever a metade de coletas e análises diárias que a Coreia do Sul, Paraná contabiliza uma população quatro vezes menor, com 11,4 milhões. O estado tem atualmente 1.407 casos de coronavírus, o menor número de confirmações da região Sul. Em mortes, por outro lado, Paraná lidera na região, com 83 óbitos.
Segundo o governo do Paraná, a testagem em massa se tornou viável após acordo entre o Lacen e o IBMP, ligado à Fiocruz. A parceria viabilizou oito novas plataformas de testes, totalizando dez estruturas. As únicas duas até então tinham capacidade para 600 análises diárias.
“O acordo permite ao Paraná repetir a estratégia de testagem em massa, ação de sucesso no controle à covid-19 em países como Coreia do Sul, Islândia, Croácia, Chile, Austrália, entre outros”, ratificou em comunicado o governo.
Atualmente, apenas com o Lacen, Paraná consegue testar somente pacientes com sintomas graves ou pessoas que tiveram contato com casos confirmados, além de profissionais de saúde e da segurança pública. O raio de monitoramento agora será ampliado para trabalhadores de áreas não essenciais, idosos em instituições e demais pessoas assintomáticas.
“Estatísticas apontam que locais com maior número de testes por milhão de habitantes tendem a ter um menor número de mortes por covid-19”, afirmou o governo, acrescentando que a intenção é entregar o resultado em até 48 horas para isolar de forma mais efetiva o paciente em caso de confirmação.
Fonte: UOL
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