Na última segunda, uma corrida de aplicativo fez uma pasasgeira denunciar um motorista de aplicativo em Curitiba. O motivo, segundo informa a Banda B, foram diversas tentativas de dopagens com balas durante as corridas.
A passageira conta que desde o começo da viagem se “sentiu” observada pelo espelho.
“Eu já achei meio estranho. Ele começou a conversar comigo. Super educado, simpático, solícito, até que me ofereceu uma bala de goma, que fiquei segurando na minha mão. Então ele perguntou se iria comer a bala que havia me dado. Disse ‘obrigada’, mas que não iria porque não estava com fome” continua ela.
Após a abordagem, ela resolveu fingir que havia comido o doce e manteve a embalagem fechada na mão, contra o peito. Segundo ela, o acusado continuaria a fazer perguntas sobre a bala durante o trajeto inteiro.
“Peguei a bala, mas fiquei com ela na mão esquerda, com a bala de goma. O motorista percebeu e falou: ‘você não vai comer? Nossa, qual é o problema? Vocês não gostam de bala por aqui? Eu já ofereci para outra pessoa e ela não quis. Então, disse que ‘não gostava de comer doces’”
Ainda em viagem, o motorista acusado perguntou se ela queria tomar refrigerante, o que a deixou ainda mais insegura. Em determinado ponto do trajeto, ele afirmou estar “apertado” e decidiu para em um posto. Foi quando ela decidiu tomar uma atitude.
“Quando ele desceu do carro, eu fui ver se a porta estava travada. Meu medo era esse e, simplesmente, ele sair dali e me levar em algum canto… Então, eu mandei mensagem para o meu marido. Disse a ele que o ‘motorista estava estranho’ e pedi para ele acompanhar a corrida. Além do meu esposo, também mandei mensagem para minha filha de 16 anos. Ela me perguntou o que estava acontecendo, porém, eu somente pedi para ela acompanhar a corrida”, relata a vítima.
O motorista teria voltado do banheiro quando a mulher foi surpreendida com uma mensagem de uma vizinha, que iria passar na sua casa. Foi quando o motorista escutou a mensagem e interagiu novamente com a vítima, afirmando que poderia levá-las ao “novo destino”. A denunciante, no entanto, informou ao motorista que elas não precisariam do serviço pois não sairiam do condomínio.
O motorista então se mostrou decepcionado e ofereceu um chiclete, que novamente foi negado. A passageira relatou que o medo e o desconforto foram o cenário de todo o trajeto, e que o motorista acusado continuou o tempo todo fazendo questionamento pessoais e invasivos.
O marido da vítima estava aguardando no portão do edifício e ao fim da corrida a vítima entrou em casa para averiguar a bala que o motorista a havia oferecido.
“Peguei, abri e falei para o meu marido. Era nítido que havia algo na bala. Tenho uma filha de 16 anos, que sempre usa este serviço, e fiquei pensando quantas mulheres, meninas, já passaram por este risco. (…) Fiquei insegura até de vir na delegacia, hoje em dia não temos mais segurança de ir para casa. Mas meu marido me levou até um módulo policial e, após o questionarmos o que poderia ser feito, o agente disse que provavelmente se tratava de um ‘boa noite Cinderela’ e que eu deveria fazer um BO para denunciá-lo.” afirmou a vítima.
A mulher resolveu então fazer um apelo nas redes sociais, visto que o desfecho poderia ter sido trágico.
“Na foto dá nitidamente para ver a substância que está nas balas e no chiclete oferecido a mim. Ele age muito calmo, tranquilo, educado. Em nenhum momento você desconfia pelo comportamento, é mais pela insistência. (…) Eu não sou obrigada a comer uma bala porque estou em um carro de aplicativo. Então, fiquei logo esperta quando entrei e ele começou a mexer no espelho. Eu não dirijo, mas quem que anda olhando para o passageiro e não para frente? Ninguém fica cuidando de quem está atrás de você, mas sim do trajeto. Então não quis comer as balas.”

Em depoimento, o marido da vítima afirmou que tocou nos doces e colocou o dedo na língua e sentiu uma sensação de amortecimento. A Polícia Civil investiga o caso.
Com informação da Banda B.
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