Nesta quinta-feira (13), às 14 horas, o governador do Paraná, Ratinho Júnior, deve assinar um convênio com a Rússia para produzir a vacina Sputnik V. O anúncio foi feito horas após o presidente russo, Vladimir Putin, divulgar a vacina como a primeira registrada no mundo.
O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) será responsável por todas as etapas, desde a pesquisa até a distribuição da vacina.
Ainda segundo o governo, o passo seguinte à assinatura do acordo é o compartilhamento do protocolo russo com a Anvisa, para que seja feita a liberação dos procedimentos necessários para os testes.
Vacina russa
O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que a Rússia é o primeiro país do mundo a registrar uma vacina contra a covid-19 nesta terça-feira (11).
Ainda assim, especialistas internacionais questionam a pesquisa porque não há publicações científicas sobre sua eficácia.
Nesta terça (11), a OMS comentou o anúncio da vacina russa. A entidade declarou que a Rússia “não precisa de sua aprovação” para registrar a vacina, e que precisará ter acesso aos dados da pesquisa para avaliar a eficácia e segurança da imunização para aprová-la.
O Brasil vai participar da fase 3 dos estudos clínicos, que deve ter início na quarta-feira (12). Ao todo, vão ser 2 mil participantes; além dos brasileiros, deve haver voluntários da própria Rússia, dos Emirados Árabes, da Arábia Saudita e do México.
Pesquisa no Tecpar
Ao anunciar a parceria com a Rússia, o presidente do Tecpar, Jorge Callado, disse que está otimista com a possibilidade de ter resultados positivos com a imunização. Contudo, ressalta que a produção e distribuição serão pautadas pela segurança e prudência.
Somente após a autorização da Anvisa, o governo do Paraná afirma que vai avançar para as próximas etapas do processo.
Sobre a parceria entre o estado e o governo russo, Callado contou que o Tecpar foi procurado pela embaixada Russa porque o instituto é reconhecido pela inovação.
Pesquisas
Ao todo, 165 vacinas contra o coronavírus estão sendo pesquisadas em todo o mundo. Cinco dessas imunizações estão na fase final de testes em humanos (a fase 3).
No Brasil, há três vacinas sendo testadas contra o coronavírus.
Em julho, foi anunciado o início dos testes de uma vacina chinesa no Brasil. No Paraná, profissionais de saúde voluntários – público considerado mais exposto ao contágio – foram os primeiros a receber as doses da pesquisa chinesa.
Os testes são concentrados no Hospital de Clínicas do Paraná (HC), que pertence a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e fica em Curitiba. O HC é um dos doze centros escolhidos para testar a vacina.
Fonte: G1
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