Nas últimas 24 horas, a procura por atendimento de pacientes com suspeita de infecção pelo coronavírus aumentou consideravelmente em Curitiba e região. A informação é do presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Clóvis Arns, que atende na capital paranaense. Segundo ele, existe um risco real de um colapso no sistema de saúde, com falta de leitos de UTI, tanto na rede SUS, quanto na privada.

Em entrevista à Banda B, na tarde deste domingo (14), Arns disse que o aumento na procura por atendimento nas últimas 24 horas tem gerado uma enorme preocupação.

“Assusta porque aumentou muito em todas as áreas, desde o Pronto Atendimento até a necessidade de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Nitidamente, o vírus começou a circular de forma mais efetiva no Paraná todo. Isso vale para Curitiba, Cascavel, Londrina e Foz do Iguaçu. A situação é realmente preocupante em locais que estavam, até então, com a pandemia controlada”, disse.

O presidente, disse ainda que existem vagas disponíveis, mas que elas estão sendo consumidas muito rapidamente. Além disso, ele afirma que esta é a pior semana da pandemia.

“Rapidamente as vagas estão sendo consumidas. Se isso continuar, preocupa de não se ter mais vaga, tanto no sistema público quanto no privado. Estamos diante da pior semana da pandemia até aqui. Como não se tem remédio ou vacina, só o distanciamento social e medidas de higiene vão ajudar”, ponderou.

O médico disse que Curitiba reagiu rápido e corretamente com o novo decreto publicado neste sábado, que proíbe algumas atividades e restringe outras.

“Curitiba reagiu rápido e decretou novas determinações de restringir atividades que aglomeram pessoas. O preço você paga duas semanas depois, porque o jovem que está no bar pode ter um infecção leve, mas quando passa para o avô pode ser grave, com até 20% de mortalidade em idosos com comorbidades. De cada cinco idosos com comorbidades, um vai morrer”, destacou.

Fonte: Banda B

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