O litoral paranaense conta com marcas fortes de balas, como a de banana de Antonina e a de cachaça de Morretes. Ambas têm em comum uma fabricação caprichada e dedicada dos produtores.

De Morretes, em um tour de aproximadamente vinte minutos, Sadi Poletto fala com entusiasmo sobre a cachaça que leva o seu sobrenome, e cada pequeno detalhe tem um porquê na cachaçaria, onde antes a Faber Castell tinha uma indústria de lápis.

Hoje, Morretes lidera a produção de cachaça do Litoral e contribui com cerca de 30% de todo mercado estadual. A cidade conta com três produtores e produz cerca de 10 mil litros por mês.
Poletto é um dos principais personagens dessa história e da conquista internacional das canas litorâneas, com os prêmios belgas que divide com a marca Porto Morretes.

“Morretes é o berço da cachaça, foi um polo de valor inestimável. Quero montar uma cooperativa da cachaça, algo com notoriedade, e fazer uma Okfoberfest da cachaça no Litoral”, diz Poletto.

A casa Poletto tem visitação sem a necessidade de agendamento e também é um hotel. Na loja da cachaçaria, também são vendidos licores de produtos locais como gengibre e banana, e a cachaça de cataia, uma planta típica do litoral paranaense.

Já as balas de banana de Antonina, outro produto típico do Litoral, tiveram o processo iniciado em 1979. As duas principais empresas da cidade produzem cerca de 16 toneladas por mês. A produção das Balas Bananina, as de embalagem laranjinha, mantém uma tradição familiar, apesar de a empresa ter adotado um tom mais moderno com a adição de sabores e o mix das balas de banana com goiabada, amendoim, abacaxi, pimenta, côco e gengibre.

A empresa de Antonina abre para visitação e aos finais de semana chega a ter 500 turistas por dia. As vendas são 50%-50% entre as pessoas que compram o produto na loja ou em revendedoras autorizadas.

“São 75 mil balas por mês. As famílias visitam a casa nos passeios de trem, de van, e depois retornam sozinhas com as suas famílias. O turismo no Litoral tem crescido muito nos últimos anos e especialmente nesta temporada, o que puxou esse movimento de aumentar a produção. É um produto típico que conta a história de Antonina, das nossas tradições, e também da minha família”, explica Maristela Mendes, a proprietária.

Segundo ela, o negócio iniciado na margem da bacia de Antonina, no princípio era uma palmitaria. Em 1986 chegaram as balas de banana, mas a empresa já existia há seis anos. A sala de visitação passou a existir há dez anos para receber todos com um cafézinho quente.

Fonte: AEN

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